APRENDENDO A VOAR

Ariel
2 min readDec 5, 2021

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Há uma lenda chinesa sobre certa espécie de pássaro que nasce com apenas uma asa. Jian buscava obstinadamente por outra ave com quem pudesse compartilhar asas e voar. O amor não é isso? A decisão de buscar quem nos ajude a sermos mais íntegros? Quem nos possibilite outros horizontes? Quando Sinatra escreveu Fly Me To The Moon ele não contemplava essa perspectiva? O amor leva longe, segure a minha mão e me beije. O amor mostra que o que importa não está só no grande, no elaborado.

O ser humano é jogado no mundo sem asas. Quando nossos pais nos amparam e zelam por nós, asas (possibilidades) são criadas. Amar é atuar no amado. O filósofo espanhol Ortega y Gasset coloca o amor como empenho para que alguém exista; é dar-lhe vida intencionalmente; criação e conservação. Amar é dar abrigo. Ser amado é ter chances. Amar é fomentar o outro, é ser farol que ajuda na navegação pela árdua vida.

Ajudo no seu voo, você ajuda no meu. Voamos juntos. Voamos em concórdia, temos nossos momentos turbulentos, mas sempre à vista um do outro. O lugar do amor é à vista, quando não dos olhos, da consciência. Saber que se é amado fortifica. O amor cria espaços de liberdade. Nesses espaços descobrimos semelhanças com as carpas japonesas, nós também crescemos de acordo com o ambiente que nos cerca.

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